19 de mai. de 2011 | By: @igorpensar

Porque amo a Igreja!

Por Igor Miguel

Igreja = Corpo Místico de Cristo, a Igreja Invisível
igreja = igreja local, a reunião visível dos santos.

Em tempos quando muita gente anda insatisfeito com suas igrejas e comunidades locais, acho que sigo à contramão da tendência. Ando aos amores pela Igreja e por expressões comunitárias de culto, e especificamente, por minha igreja local. Não somente eu, minha esposa anda às voltas pela experiência comunitária também, nada que boa doutrina e leitura não façam.

Vivo dias de suspiro por esta comunidade que chamam igreja, e não me refiro aqui à Igreja Invisível (Corpo Místico de Cristo). Refiro-me a algo bem visível, concreto e humano, refiro-me à igreja local, com endereço físico, com estrutura litúrgica formalmente organizada, com obreiros ordenados, com canções, salmos, pregação, ceia, ofertório e confissão de fé. Bem clássica mesmo. 

Dirijo minha gratidão a Deus por pessoas que ficam com corações fixos em cada música, cada partícula de pão mastigado e o gosto cítrico do vinho da ceia. Creio em uma comunidade que entoa junto cânticos de gratidão, que não exalta nada além da grandeza do Deus criador, que se revelou redentor em Jesus Cristo.

Sim, desde o livro de James K.A. Smith, Desiring the Kingdom, tenho procurado viver uma espiritualidade na comunidade, por isto, menos individualista, intimista e pietista. Eis o motivo de alguns textos aqui escritos sobre orações, a docilidade da vida comunitária e outras amostras de louvor e gratidão por tudo que tenho aprendido. Outro livro que em ajudou nesta jornada de superação da "frustração com a igreja" foi o livro de Kevin DeYoung & Ted Kluck, intitulado "Por que amamos a Igreja". A obra me surpreendeu por sua simplicidade e objetividade ao apresentar a possibilidade de amarmos a Igreja Local novamente. E, como não mencionar o clássico "Vida em Comunhão" de Dietrich Bonhoeffer que trata bem a inevitabilidade da vida congregacional para os salvos, bem  como a necessidade da reunião visível dos santos.

Em dias em que todo mundo quer dar uma resposta à "crise evangélica", encontramos boas opiniões a respeito, mas também péssimas soluções.  Muitas das "soluções" ou são pós-modernas demais, como o caso do movimento "Igreja Emergente", "Igreja Orgânica" ou movimento primitivistas.  Como o caso do restauracionismo judaizante que insiste no dualismo "Jerusalém x Roma" como a tensão, quando na verdade a crise da Igreja evangélica está em sua rejeição a algo muito mais simples: O EVANGELHO (JESUS CRISTO).

Entre primitivistas, encontramos também soluções radicais, como a galera que quer "desinstitucionalizar" a Igreja, sustentado que estruturas formais de organização eclesiásticas são um problema para a "espiritualidade". Uma canseira!  Esses parecem cair naquilo que Irineu de Lion detectou nos gnóstico: "blasfêmia contra o Criador". Afirmam corretamente a Igreja como Corpo Místico e Invisível de Cristo, mas erram ao negarem qualquer forma de estrutura institucional, local e visível. O Corpo de Cristo se visibiliza no tempo e na criação. Instituições são providências do Espírito Santo na história, e sem algum nível de institucionalização, comunidades cristãs não criariam universidades, escolas confessionais, seminários, bibliotecas, editoras, escolas bíblicas, agências missionárias e comentários bíblicos. Sem a providência da institucionalização, a Igreja de Cristo, não sobreviveria às ondas de tensões históricas e pressões culturais do mundo. Instituição é dádiva do Espírito na criação, e qualquer tentativa de afirmar a invisibilidade mística da Igreja, sem reconhecer que ela é encarnacional no tempo e no espaço, é um quase-platonismo. Uma blasfêmia contra o Criador.

A Igreja se visibiliza na reunião formal do santos, e certamente, onde os santos se reúnem, existirão viúvas, crianças, missões, discipulado, horário de reunião, coletas e por aí vai. Impossível que esta estrutura se mantenha sem uma mínima organização institucional. Entretanto, a instituição serve à Igreja, e não o contrário. É verdade que este é um detalhe que falha às vezes, e por esta falha, já assumem a filosofia "nós vamos quebrar tudo" e voltar pra Jerusalém, pra Igreja Primitiva e para a Igreja de Atos. Assumindo assim uma clara doutrina restauracionista. Voltemos ao evangelho, Jesus Cristo é mais que suficiente, foi Ele mesmo, a causa primeira e última de todas as reformas, curas e renovações da história da Igreja.

Bob Kauflin, citado por Kevin DeYoung, assumiu seu orgulho:
"Durante anos, considerei as tradições religiosas como um impedimento à espiritualidade bíblica. Associava orações repetidas, recitação conjunta dos credos, confissão pública do pecado, leitura das Escrituras, calendário litúrgico e ordens de culto a legalismo e servidão. Propus-me a repensar a adoração coletiva a partir do zero. Buscaria apenas as Escrituras e não dependeria de nada que as pessoas tivessem feito nos séculos anteriores. Achei que estava sendo original. Na verdade, estava sendo apenas ignorante -- e orgulhoso." (DeYoung, p. 121).
Muita gente anda decepcionada com a igreja local, alguns com motivos, outros por transferência psicológica ou por um idealismo quase platônico de Igreja. Idealismo refletido em um modelo de "Igreja Apostólica Pura". Pura? A Igreja do I Século era cheia de problemas identitários, tensões apostólicas, divisões, rebeldia, falsos mestres, incursões heréticas de movimentos pré-gnósticos e judaizante. Muitos desses problemas da Igreja Primitiva já  foram resolvidos pelo consenso comunitário da Igreja ao longo da história. Então, que Deus nos livre de um retorno a problemas já resolvidos.

No idealismo, esquecemos, que a Igreja continua caminhando, e por isso é uma Igreja no tempo e na história. Temo, que no desejo de uma igreja ideal, esquecemos de amar a igreja real, aquela que temos agora. Preocupação que compartilho com o grande mártir cristão moderno Dietrich Bonhoeffer que afirmou certa vez:
"Qualquer um que amar mais o sonho da comunidade que a comunidade cristã em si (com todos os seus defeitos) torna-se destruidor desta, ainda que a devoção àquela seja impecável e suas intenções sejam extremamente honestas, sérias e sacrificiais."
A igreja tem pecadores igual lá fora dela (o mundo), talvez com uma diferença: na igreja você encontrará pecadores assumidamente pecadores, por isso, dentre eles, vários arrependidos. Arrependidos, que se voltaram para Cristo e seu evangelho, encontrando cura para suas vidas em uma caminhada de progressivo crescimento espiritual rumo a consumação desta magnífica salvação.

Então vou resumir a opera: amo viver em igreja. Quando muitos querem viver na "igreja Cristo em casa", eu quero viver Cristo com outros. Quero estapear meu individualismo me expondo e olhando para os rostos. Quero me arriscar, me lançar aos olhares alheios, às vezes amorosos, às vezes nem tanto.

Mas... é bom, bom de mais segurar o pão da ceia e olhar pra ele e saber que é um pedaço do mesmo pão que toda minha comunidade segura simultaneamente (I Co 10:17). Muito bom recitar confissões cristãs milenares junto com minha comunidade ao final do culto, aquelas que afirmam claramente o senhorio, missão universal e divindade de Jesus. É muito bom ouvir um bom sermão, independente da retórica, mas que seja ao menos bíblico e centrado em Cristo.

Então, enquanto muitos correm da Igreja Local, eu corro pra lá. O lugar onde recitamos salmos, cânticos espirituais, bebemos da doutrina apostólica, da suficiência e centralidade de Jesus Cristo.  Pois nEle, por Ele para Ele são todas as coisas (Rm 11:36).

Infelizmente, às vezes o que encontramos é compensação afetiva disfarçada de falso vínculo religioso. Falsa comunhão, fruto de uma unidade sentimental desprovida da iluminação de Cristo. Convívio social travestido de espiritualidade. Na verdade, relacionamento recreativo retroalimentado por orgulho e narcisismo. Se Cristo não for o núcleo de nossa vida comunitária, esquece, é clube, mas não é Igreja.

Enfim, a Igreja Invisível, universal, não-institucional, santa e sem mácula, se visibiliza na Igreja Local, com seus dilemas e virtudes (não muito diferente das Igreja exortadas por Cristo em Apocalipse), mas ainda amada por Cristo, e por isso, dignas de seu amor e severidade. Se Cristo ama a Igreja, certamente também a amo.

20 comentários:

INSTITUTO ABBA disse...

Citando você "Infelizmente, as vezes o que encontramos é compensação afetiva disfarçada de falso vínculo religioso. Falsa comunhão, fruto de uma unidade sentimental desprovida da iluminação de Cristo. Convívio social travestido de espiritualidade. Na verdade, relacionamento recreativo retroalimentado por orgulho e narcisismo. Se Cristo não for o núcleo de nossa vida comunitária, esquece, é clube, mas não é Igreja." é o que a maioria dos nossos irmãos estão vivendo hoje, em clubes.
A Igreja local não é perfeita e não será. Mas é ela que temos. Então vamos fazer dela o melhor que pudermos. O que não dá pra fazer é virar as costas e tornar-se um ermitão.
Agradeço a Deus por você ter-se encontrado enquanto comunidade que louva o Senhor com alegria e singeleza de coração.
Amo minha Igreja.Sou defensora dela contra qualquer tipo de ataque e ela recebe muitos. É meu lugar de comunhão, de celebração, de servir ao Senhor.
Que cada um possa encontrar sua doce comunidade ou fazer de onde está verdadeiramente a sua doce comunidade. Um grande abraço Igor!
Um doce caminhar para a Esperança!

Marcos Custodio disse...

Excelente texto, amigo! Eu ando ultimamente pensando muito no papel da igreja. O que sinto e vejo são igrejas que perderam o vinculo comunitário (os relacionamentos que nos une). Assim vou aquela igreja porque sou batista e não porque tenho comunhão com aquelas pessoas.
Amo a igreja, tenho muitas coisas contra o poder que a instituição criou que é maior que o amor pelas pessoas. Mas para mim o grande desafio é fazer as pessoas se conectarem de forma integral e relacional. Não é negar nossa história, mas reencontrar o sentido da palavra comunidade!

Paulo Dib disse...

Excelente Primo, muito bom. Concordo plenamente.

"Soluções" mirabolantes para a igreja encontramos aos montes, mas ninguém se lembra do óbvio, o Evangelho!!

Como eu disse em minha última postagem (http://paulodib.blogspot.com/2011/04/teologia-moderna-hedonista.html), muitas igrejas locais têm se tornado hedonistas, com uma teologia hedonista.

O que era comunitário passou a ser ajuntamento de pessoas buscando interesses particulares, entre eles, como vc disse, relacionamento recreativo retroalimentado por orgulho e narcisismo.

Igreja visível perfeita é utopia, uma vez que a mesma é constituída por homens imperfeitos.

Abs.

@igorpensar disse...

Beth, obrigado por compartilhar seu amor pela Igreja Local.

@igorpensar disse...

Marcos,

Vejo que compartilhas das mesmas angústias. Não tenho duvida que o institucionalismo e o tradicionalismo são tiranos. Mas, por outro lado, não devemos desprezar o fato de que negar a instituição e a tradição sempre foram excelentes servas da Igreja.

A solução é colocar tudo isso em seu lugar, e afirmar a suficiência e a centralidade de Cristo. Uma vida comunitária "cristoreferente". Sem as manias, o hedonismo (refiro-me ao texto do meu primo Dib acima), e as compensações subjetivas transferidas para a Igreja. Cristo precisa está lá no centro de nossa vida comunitária... bem nos termos de Paulo, ou esteticamente explicados pelo gênio e mártir luterano Bonhoeffer.

Estamos junto...

Igor

@igorpensar disse...

Primo Dib,

Seu texto é altamente indicado. Toca no problema hoje. As vezes tenho a sensação que reagimos com crianças mimadas. Frustradas porque as coisas não acontecem do jeito que desejamos. E aí, fazemos pirracinha, todo mundo se acha o "iluminado" o "revolucionário", por que não nos curvamos diante de Cristo?

Dib, eu não escrevo com pastor, acho que é seu caso, escrevemos como membros de Igreja, isto deve ser considerado. Amamos a Igreja...

No amor do Pai em Jesus,
Igor

Unknown disse...

Fala sério!!

Disse tudo!!

Assim também vivo. Amo minha igreja, cheia de defeitos, amo meu pastor com seus defeitos e qualidades, amo estar ali, aprendendo, crescendo e vivendo de verdade.

E eu, que sou tão cheio de defeitos vou me aperfeiçoando nos acertos e qualidades do meu amado pastor e de meus amados liderados.

Um forte abraço, maninho

Everson

Jorge Fernandes Isah disse...

Igor,

Excelente texto, pra variar!

Penso que Cristianismo sem arrependimento não é Cristianismo; e formas degeneradas dele apenas sustentam o pecado no indivíduo. Portanto, aqueles que não amam a igreja visível, local e organizada, se arrependam! Pois Cristo morreu por ela; e o testemunho do livro de Atos não é uma igreja em desordem, mas organizando-se para melhor servir ao Senhor.

Parabéns, e um grande abraço!

Cristo o abençoe!

Lanussa Bello disse...

Amo a minha igreja! :)

elton_amaral disse...

Igor, por muito tempo andei insatisfeito com a instituição igreja, devido a doutrina anti-biblica pregada, mas vejo que minha insatisfação, minha tristeza se resumia apenas aos líderes que não queriam seguir a verdade. Hoje encontrei uma igreja física e espiritual na qual amo muito, e tenho prazer em fazer tudo que se relaciona a igreja manancial da vida, na qual sou pastoreado pelo pastor Valdemir e pelo Vilaça, que são seus amigos... E tenho amor aos meus amigos dentre vários, tem o Eduardo e o Vitor no qual você também conhece... A igreja é um local para que possamos compartilhar do reino, para que possamos crescer, amadurecer, e não para que possamos ter a possibilidade mesmo que mínima de "diminuição" de conhecimento, de espiritualidade.
Seu texto é muito bom, está de parabéns, que Deus abençoe a você e a sua igreja, para que muitos possam ver em sua igreja, na minha igreja, e em tantas outras o prazer de estar lá.
Shalom.

Marlon disse...

Igor obrigado! Essa sua postagem me ajudou muito. Me fez pensar que nada é mais importante que esta vivendo em comunhão com os irmão. Valeu mesmo!

Lanussa Bello disse...

O senhor sumiu...Não postou mais nada professor!
Imagino que sua vida esteja uma correria, mas são tão edificantes seus textos.
Pare um pouquinho e escreva...Abraços...

Grazi disse...

Prezado,
Admirável seu texto. Tenho vivido este drama "congregar e manter a comunhão”. Confesso que estou entrando em parafusos, pois sou membro de uma comunidade, que está em desencontro com alguns preceitos para uma conduta cristã genuína. Estou longe de ser uma cristã perfeita, mas creio que devemos buscar o aperfeiçoamento. Dentro disso não sei para onde ir, se devo procurar uma comunidade que busque isso ou se devo levar estes ideais para minha comunidade na buscar influenciá-los com esta visão.

Grazi disse...

Prezado,
Admirável seu texto. Tenho vivido este drama "congregar e manter a comunhão”. Confesso que estou entrando em parafusos, pois sou membro de uma comunidade, que está em desencontro com alguns preceitos para uma conduta cristã genuína. Estou longe de ser uma cristã perfeita, mas creio que devemos buscar o aperfeiçoamento. Dentro disso não sei para onde ir, se devo procurar uma comunidade que busque isso ou se devo levar estes ideais para minha comunidade na buscar influenciá-los com esta visão.

Davi Vasconcelos disse...

Não disse nada. Sem contar que você está indo junto com a grande maioria que continua indo a igreja. Sem problemas, entendemos como é segura a liturgia, como é boa a sensação de certeza. Só não acredite que o que foi relevante no séc. XII ou XIII, será hoje.

Unknown disse...

Parabéns igor por essas palavras.
fui antes e continuo sendo seu aluno.
caso você queira criar um seminário,que tal esse nome:"Ensinando de ANTIOQUIA "Atos 11:26
ABRAÇOS!
CLÁUDIO.

Cristiane Dumont disse...

Obrigada Igor, por compartilhar conosco observações e considerações tão enriquecedoras.

Cheab disse...

Esclarecedor. Ontem eu tive um atrito muito grande com a liderança da juventude da minha igreja, porque eu questionei e subjulguei (meu erro) quando eles pegaram um evento anual gratuito, um culto especial aos jovens, e passaram a cobra 60 reais pra entrar. Ainda estou sendo apedrejado e crucificado. Mas apesar das intemperanças... eu amo minha igreja e a ela eu sirvo bem como serviria ao meu Senhor Jesus.

sol-em grego disse...

AMIGO.Sou ex-católico e respeito todas as religiões,mas a História está aí para quem quer estudar:a Igreja Católica Apostólica Romana foi criada pelo Império Romano,a partir de visões do imperador Constantino,no século IV.Ela incorpora um pouco do Cristianismo e muito do paganismo romano,como velas,oferendas,incenso,imagens,altares,procissões e companhia,incluindo o Natal.O 25 de dezembro era a data do Solstício ou Festa do Sol,em Roma.Ao longo de dois mil anos,os concílios,dirigidos pelo imperador,alteraram o Novo Testamento,prevendo a aberração de que "os filhos pagarão pelos erros dos pais".No Apocalipse,João fala sobre a Mulher ou Grande Prostituta,isto é,a noiva que trai o noivo,ou Igreja que trai Cristo.Essa mulher está deitada em cima de sete montes.E qual a cidade que está sobre sete colinas?Roma,meu caro!Com todo o meu respeito a vocês!

@igorpensar disse...

1) Constantino era um imperador, foi usado por Deus, o que não significa que seu métodos sejam apropriados, para promover uma unidade do cristianismo, que viabilizou a definição de doutrinas importantes como a Trindade (doutrina que morreu discordando, por ser um ariano).

2) Não sei o que chama de paganismo. Mas, se você está chamando de paganismo o uso cristão de determinadas expressões culturais, outrora pagãs, mas resignificadas culturalmente para comunicar cristo aos povos, não posso concordar. Paulo fez isso no Areópago em Atos 17, quando resignficou um altar entre os altares pagãos de Atenas, um dedicado ao Deus Desconhecido, e disse que era "precisamente" este que ele anunciava. Este argumento, vale para o Natal. Imagine, se você visse aquela cena, de Paulo,provavelmente diria que Paulo estava paganizando o Evangelho, afinal, citava poetas gregos, fez uso de uma "divindade" grega etc. O Cristianismo sempre foi uma fé redentiva, ela resgata a cultura de sua idolatria, afirmando o senhorio de Cristo em seu lugar.

3) Não deprecie Roma tanto, lembre-se, Paulo dirigiu uma de suas mais importantes cartas a esta comunidade. Vários mártires cristãos morreram ali, nada mais coerente, do que uma comunidade cristã crescer em um contexto outrora de perseguição e oposição sistemática contra a fé. Não é em vão, que grande teologia foi produzida naquele lugar.

Agora, este lance de Roma, Babilônia, a chamada teoria da grande apostasia, é resultado de uma percepção histórica ingênua, é uma prática relativamente recente (séc. XIX) chamado restauracionismo.

Leia este texto: http://pensarigor.blogspot.com.br/2012/03/restauracao-o-que-e-isto.html