29 de abr. de 2012 | By: @igorpensar

Sabedoria Encarnada


Por Igor Miguel
Eu, a Sabedoria, habito com a prudência e disponho de conhecimentos e de conselhos. [...] O SENHOR me possuía no início de sua obra, antes de suas obras mais antigas. Desde a eternidade fui estabelecida, desde o princípio, antes do começo da terra. Antes de haver abismos, eu nasci, e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes de haver outeiros, eu nasci. Ainda ele não tinha feito a terra, nem as amplidões, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando traçava o horizonte sobre a face do abismo; quando firmava as nuvens de cima; quando estabelecia as fontes do abismo; quando fixava ao mar o seu limite, para que as águas não traspassassem os seus limites; quando compunha os fundamentos da terra; 30 então, eu estava com ele e era seu arquiteto, dia após dia, eu era as suas delícias, folgando perante ele em todo o tempo; regozijando-me no seu mundo habitável e achando as minhas delícias com os filhos dos homens. (Pv 8:12, 22-31).

Provérbios capítulo 8 é um quadro poético onde a "Sabedoria" é personificada.  Apesar de sua origem divina e transcendência, ela se envolve com a criação e "folga" entre os filhos dos homens.  Este quadro didático tornou-se gradativamente um quadro cristológico, a ponto de a "sabedoria" חכמה/σοφια (chochmá/sofia) ser identificada com o λογος (logos).  Um sinal desta associação pode ser encontrada nos escritos judaicos do período helenista, como o seguinte trecho do livro de Eclesiásticos:
“Saí da boca do Altíssimo e como a neblina cobri a terra, armei a minha tenda nas alturas e meu trono era coluna de nuvens. [...] Junto de todos estes procurei onde pousar e em qual herança pudesse habitar.  Então o criador de todas as coisas deu-me uma ordem, aquele que me criou armou a minha tenda [skênên] e disse: 'Instala-te em Jacó, em Israel recebe a tua herança'” (Eclesiástico 24:3,4,8 e 9 - Septuaginta).
Eclesiástico reflete um tratamento profético dado à sabedoria, que agora "arma sua tenda" [skênen] em Jacó.  Daí, se percebe pouca distância para se chegar ao "se fez carne e habitou entre nós" de João 1.  A propósito, o "verbo ... habitou" em João é da mesma raiz de Eclesiástico "εσκηνωσεν (eskênosen)", literalmente, "estendeu a tenda entre nós".

Interessante, pois tal expectativa da sabedoria como mediadora da criação não era tão estranha ao universo judaico da época de Jesus, como encontra-se em escritos da época:
“Diz a Torá: 'eu fui a ferramenta artesanal do Santo, bendito seja'. Segundo a prática do mundo, quando um rei de carne e osso constrói um palácio, não o constrói exclusivamente com sua habilidade, se não valendo-se da destreza de um arquiteto. E o arquiteto no o constrói só com sua própria maestria ... mas, utiliza plantas e esquemas para saber como há de construir as câmaras, como disporá as portas. Da mesma forma, o Santo, bendito seja, consultou a Torá e criou o mundo, pois a Torá declara: NO PRINCÍPIO CRIO DEUS. O 'princípio' não é outra coisa se não 'a Torá'”. (Midrash Bereshit Rabá, 1).
Apesar da "sabedoria" חכמה em Provérbios de Salomão não ter relação direta com a Torá (lei/instrução), esta associação se desenvolveu, principalmente no período helenista, onde ela se associa com a σοφια (sofia).

Desta forma, alguns especialistas em Novo Testamento tratam o evangelho de João como um evangelho "sapiencial", em que a Sabedoria/Verbo (Jesus) assume a humanidade e é narrada sob esta perspectiva:
“Embora o quarto evangelho seja bem diferente do primeiro, ele tem em comum com Mateus a abordagem baseada na sabedoria, em relação a Jesus e seus ensinamentos.  Somente o quarto evangelista escolheu apresentar Jesus como a sabedoria encarnada, discursando na terra como a sabedoria personificada o faz em Provérbios 8 e 9 e em fontes como a Sabedoria de Salomão. O quarto evangelista não parece depender de nenhum dos evangelhos anteriores, embora esteja claro que ele conhece algumas das tradições usadas nos evangelhos. No entanto, ele segue uma linha independente” (Witherington III, 2005, p.85 – grifo nosso)
João enfatiza os ensinamentos de Jesus e sua identidade como Filho de Deus. Tudo indica que João percebia uma profunda relação entre "sabedoria" e "filiação divina", talvez, em dependência com Provérbios 8 quando diz:
Desde a eternidade fui estabelecida, desde o princípio, antes do começo da terra.  Antes de haver abismos, eu nasci, e antes ainda de haver fontes carregadas de águas.  Antes que os montes fossem firmados, antes de haver outeiros, eu nasci. (Pv 8:23-25 - grifo nosso)
Uma leitura mais sensível, se percebe uma conexão clara entre:
"Desde a eternidade fui estabelecida, desde o princípio, antes do começa da terra" (Pv 8:23)
"Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez." (Jo 1:1-3).
Outro aspecto importante é que no texto original de Pv 8:24 encontra-se a expressão "eu nasci", que em hebraico é חוללתי (cholalti), no entando, na versão grega do Antigo Testamento, a Septuaginta (LXX), encontra-se "γεννα με" (gena me), que é uma variante do verbo "gerar, nascer etc"*, a mesma expressão que ocorre no Salmo 2:7, que diz "Tu és meu Filho eu hoje te gerei".  Sabe-se que este salmo cristológico foi largamente utilizado pelos teólogos cristãos na defesa da "eterna geração" do Filho, e como texto base para fundamentar o que os autores do Novo Testamento queriam dizer com a expressão "unigênito" (único gerado) ou "Filho de Deus".  Logo, quando os primeiros cristãos faziam referência a Jesus como "Filho de Deus", o faziam a partir do sentido de que, Jesus apesar de sua distinção enquanto "Filho", ainda assim, era da mesma natureza (divindade) do Pai (daquele que o gerou).  Não havendo aí dois deuses, se não uma única natureza e divindade, entretanto com distinções "hipostáticas", ou seja, distinções de papéis ou relações pessoais na trindade.

C.S. Lewis, em sua genialidade didática, ilustra a situação:
Não usamos mais as palavras begetting e begotten no inglês moderno, mas todo o mundo ainda sabe o que elas significam. Gerar (to beget) é ser pai de alguém; criar (to create) é fazer, construir algo. A diferença é a seguinte: na geração, o que foi gerado é da mesma espécie que o gerador. Um homem gera bebês humanos, um castor gera castorzinhos e um pássaro gera ovos de onde sairão outros passarinhos. Mas, quando fazemos algo, esse algo é de uma espécie diferente. Um pássaro faz um ninho, um castor constrói uma represa, um homem faz um aparelho de rádio - ou talvez algo um pouco mais parecido consigo mesmo que um rádio: uma estátua, por exemplo. Se for um escultor habilidoso, sua estátua se parecerá muito com um homem. Mas é claro que não será um homem de verdade; terá somente a aparência. Não poderá pensar nem respirar. Não tem vida.  Esse é o primeiro ponto que devemos deixar claro. O que Deus gera é Deus, assim como o que o homem gera é homem. O que Deus cria não é Deus, assim como o que o homem faz não é homem. É por isso que os homens não são filhos de Deus no mesmo sentido em que Cristo o é. Podem se parecer com Deus em certos aspectos, mas não são coisas da mesma espécie. Os homens são mais semelhantes a estátuas ou quadros de Deus. (Cristianismo Puro e Simples).
Como visto, a doutrina cristã da filiação divina de Jesus, desenvolvida por João, foi corretamente interpretada pela teologia ocidental.  De fato, o Verbo de Deus foi gerado desde a eternidade, logo, ele não é criatura, mas geração de Deus.  Sendo geração, desfruta da mesma natureza.  Foi por meio dele, o Verbo/Sabedoria de Deus, que Ele fez o universo.   Esta revelação progressiva, foi fruto de um tratamento profético dado ao poema didático da "sabedoria" (chochmá - חכמה).  Uma "pedagogia" que virou "profecia", e desdobrou-se em toda rica cristologia desenvolvida por João a respeito do Verbo e Filho Unigênito de Deus. Finalmente, a palavra ordenadora que se fez carne em Jesus Cristo, encontrou suas "delícias entre os filhos de Adão"**.
É árvore de vida para os que a alcançam, e felizes são todos os que a retêm.  O SENHOR com sabedoria fundou a terra, com inteligência estabeleceu os céus. (Pv 3:18-19)
*Neste caso, no presente do indicativo ativo.
** Tradução literal de וְ֝שַׁעֲשֻׁעַ֗י אֶת־בְּנֵ֥י אָדָֽם (Pv 8:31).
____________
Referência Bibliográfica

WITHERINGTON III, B. História e Histórias do Novo Testamento. São Paulo: Ed. Vida Nova, 2005.
LEWIS, C.S.  Cristianismo Puro e Simples.  São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2005.
23 de abr. de 2012 | By: @igorpensar

Chamado! Futuro-Evangélico Antigo


Assine o chamado!

Fonte e tradução para o português
http://danieldliver.blogspot.com.br/2012/04/um-chamado-para-um-evangelico-futuro.html por Daniel dLIVEr.

Pouco antes de sua morte, em 2007, Robert E. Webber passou boa parte de seu último ano trabalhando em colaboração com mais de 300 teólogos e outros líderes para criar um chamado para um Futuro Evangélico Antigo. O chamado continua alguns temas e amplia os "Call Chicago" de 1977, e estabelece uma visão de uma fé Antiga-Futura em um mundo pós-moderno. Que Webber ajudasse a criar um tal apelo não é incomum, pois ele passou toda a sua vida profissional chamando a igreja para reforma contínua e, sobretudo, incentivando os líderes e leigos a beber do poço refrescante da verdade antiga. Que a Chamada viesse, como ele fez, em um momento de grande mudança no mundo e na igreja, e que também aconteceu um pouco antes de sua morte, dá-lhe uma espécie de peso que o torna especialmente atraente para examinar.


Os teólogos que participaram representavam uma ampla diversidade de filiação denominacional e a listagem de editores do Chamado e membros do conselho de referência foi marcante em sua abrangência e profundidade. Mais encorajador foi que centenas de pastores, teólogos e leigos em todos os EUA, Canadá e no mundo assinaram a chamada antes da organização que originalmente publicou o documento cessasse as suas operações.

Agora, a Rede Fé Antiga-Futura tem o orgulho de hospedar e defender a Chamada e incentiva os visitantes aqui a afirmá-lo mediante a assinatura de seus nomes, acrescentando-os à lista crescente de pessoas afins de todo o mundo.



PRÓLOGO

Em cada época o Espírito Santo chama a Igreja a examinar a sua fidelidade à revelação de Deus em Jesus Cristo, com autoridade registrada nas Escrituras e transmitida através da Igreja. Assim, enquanto nós afirmamos a força global e a vitalidade do evangelicalismo mundial em nossos dias, acreditamos que a expressão norte-americana do Evangelicalismo precisa ser especialmente sensível aos novos desafios externos e internos enfrentados pelo povo de Deus.

Estes desafios externos incluem o ambiente cultural atual e o ressurgimento de ideologias políticas e religiosas. Os desafios internos incluem a acomodação Evangélica à religião civil, o racionalismo, privatismo, e pragmatismo. À luz desses desafios, nós chamamos os evangélicos para fortalecer o seu testemunho através de uma recuperação da fé articulada pelo consenso da Igreja antiga e seus guardiões nas tradições da Ortodoxia Oriental, Catolicismo Romano, Reforma Protestante e os despertamentos evangélicos. Os cristãos antigos enfrentaram um mundo de paganismo, gnosticismo e dominação política. Em face da heresia e da perseguição, eles compreenderam a história através da história de Israel, que culminou com a morte e ressurreição de Jesus e a vinda do Reino de Deus.

Hoje, como na era antiga, a Igreja é confrontada por uma série de narrativas mestras que contradizem e competem com o evangelho. A questão premente é: quem pode narrar o mundo? O Chamado para um Futuro Evangélico Antigo desafia os cristãos evangélicos a restaurar a prioridade da história bíblica divinamente inspirada dos atos de Deus na história. A narrativa do Reino de Deus traz implicações eternas para a missão da Igreja, sua reflexão teológica, seus ministérios públicos de culto e espiritualidade e sua vida no mundo. Ao envolvermo-nos nestes temas, acreditamos que a Igreja será fortalecida para abordar as questões de nossos dias.

1. Da Primazia da Narrativa Bíblica

Fazemos um apelo a um retorno à prioridade da história canônica divinamente autorizada do Deus Triúno. Esta história -- Criação, Encarnação e Recriação -- foi efetuada pela recapitulação de Cristo da história humana e resumidas pela Igreja primitiva em suas Regras de fé. O conteúdo formado no evangelho dessas Regras serviram de chave para a interpretação das Escrituras e sua crítica da cultura contemporânea e, assim, moldou o ministério pastoral da Igreja. Hoje, nós chamamos os evangélicos a se afastar dos modernos métodos teológicos que reduzem o evangelho a meras proposições, e de ministérios pastorais contemporâneos tão compatíveis com a cultura que camuflam a história de Deus ou a esvaziam do seu significado cósmico e redentor. Em um mundo de histórias rivais, nós chamamos os evangélicos a recuperar a verdade da palavra de Deus como a história do mundo, e torná-la o centro da vida evangélica.

2. Da Igreja, a Continuação da Narrativa de Deus

Chamamos os evangélicos a tomar seriamente o caráter visível da Igreja. Fazemos um apelo por um compromisso com sua missão no mundo em fidelidade à missão de Deus (Missio Dei), e por uma exploração das implicações ecumênicas que isso tem para a unidade, santidade, catolicidade e apostolicidade da Igreja. Dessa forma, chamamos os evangélicos a afastar-se de um individualismo que faz da Igreja um mero adendo ao plano redentor de Deus. O evangelicalismo individualista tem contribuído para os atuais problemas do cristianismo sem igreja (churchless Christianity), redefinições da Igreja de acordo com modelos de negócios, eclesiologias separatistas e atitudes condenatórias em relação à Igreja. Por isso, chamamos os evangélicos para recuperar seu lugar na comunidade da Igreja católica.


3. Da Reflexão Teológica da Igreja na Narrativa de Deus

Chamamos pela reflexão da Igreja para permanecermos ancorados nas Escrituras em continuidade com a interpretação teológica aprendida com os primeiros Pais. Dessa forma, chamamos os evangélicos a afastar-se de métodos que separam a reflexão teológica das tradições comuns da Igreja. Esses métodos modernos compartimentalizam a história de Deus, analisando suas partes separadas, enquanto ignoram a obra inteira de Deus como redentor recapitulada em Cristo. As atitudes anti-históricas também desconsideram o legado bíblico e teológico comum da Igreja antiga. Esse descaso ignora o valor hermenêutico dos credos ecumênicos da Igreja. Isso reduz a história de Deus do mundo a uma das muitas teologias concorrentes e prejudica o testemunho unificado da Igreja para o plano de Deus para a história do mundo. Por isso, chamamos os evangélicos à unidade na "tradição que tem sido crida por toda parte, sempre e por todos", bem como à humildade e à caridade em suas várias tradições protestantes.


4. Do Culto da Igreja como Dito e Promulgação da Narrativa de Deus

Chamamos por um culto público que canta, prega e promulga a história de Deus. Apelamos por uma consideração renovada de como Deus ministra a nós por meio do batismo, da Eucaristia, da confissão, da imposição de mãos, do matrimônio, da cura e através dos dons (carism) do Espírito, pois essas ações moldam nossas vidas e indicam o sentido do mundo. Assim, chamamos os evangélicos a afastar-se de formas de culto que se concentram em Deus como um mero objeto do intelecto ou que afirmam o "eu" como a fonte da adoração. Tal culto tem resultado em modelos  orientados para preleções, a orientados pela música, centrados em peformance, e controlados por programa que não proclamam adequadamente a redenção cósmica de Deus. Por conseguinte, chamamos os evangélicos a recuperar a substância histórica da adoração da Palavra e da Mesa e para atender ao ano cristão, que marca o tempo de acordo com atos salvíficos de Deus.


5. Da Formação Espiritual na Igreja como a Encarnação da Narrativa de Deus

Clamamos por uma formação catequética espiritual do povo de Deus que se baseie firmemente em uma narrativa bíblica Trinitariana. Estamos preocupados quando a espiritualidade é separada da história de Deus e do batismo na vida de Cristo e no seu Corpo. Espiritualidade, feita independente da história de Deus, é muitas vezes caracterizada pelo legalismo, conhecimento meramente intelectual, uma cultura excessivamente terapêutica, o gnosticismo da Nova Era, uma rejeição dualista deste mundo e uma preocupação narcisista com a própria experiência. Estas falsas espiritualidades são inadequados para os desafios que enfrentamos no mundo de hoje. Por isso, apelamos aos evangélicos a retornar a uma espiritualidade histórica como aquela ensinada e praticada no catecumenato antigo (regras e instruções para novos convertidos).


6. Da Vida Encarnada da Igreja no Mundo

Clamamos por uma santidade cruciforme e compromisso com a missão de Deus no mundo. Esta santidade encarnada afirma a vida, a moralidade bíblica e a auto-negação apropriada. Ela nos chama a sermos fiéis mordomos da ordem criada e profetas ousados à nossa cultura contemporânea. Dessa forma, chamamos os evangélicos à intensificar a sua voz profética contra as formas de indiferença para com o dom divino da vida, a injustiça econômica e política, a insensibilidade ecológica e o fracasso em defender os pobres e marginalizados. Muitas vezes falhamos em permanecer profeticamente contra o cativeiro da cultura ao racismo, o consumismo, a correção política, a religião civil, o sexismo, o relativismo ético, a violência e a cultura da morte. Esses fracassos têm silenciado a voz de Cristo para o mundo através da sua Igreja e prejudica a história de Deus do mundo, a qual a Igreja deve coletivamente  encarnar. Portanto, chamamos a Igreja para recuperar a sua missão contra-cultural ao mundo.


EPÍLOGO

Em suma, nós chamamos os evangélicos a recuperar a convicção de que a história de Deus molda a missão da Igreja para dar testemunho do Reino de Deus e para informar os fundamentos espirituais da civilização. Nós apresentamos este Chamado como um contínua conversa aberta. Estamos conscientes de que temos nossos pontos cegos e frquezas. Portanto, encorajamos os evangélicos a se engajar nesteChamado dentro dos centros educativos, denominações e igrejas locais, através de publicações e conferências.

Oramos para que possamos avançar com a intenção de proclamar um Deus amoroso, transcendente, triúno, que tem se envolvido em nossa história. Em conformidade com as Escrituras, o credo e a tradição, é o nosso mais profundo desejo de encarnar os propósitos de Deus na missão da Igreja através de nossa reflexão teológica, o nosso  culto, nossa espiritualidade e nossa vida no mundo, o tempo todo proclamando que Jesus é Senhor sobre toda a criação.

© Northern Seminary 2006 Robert Webber and Phil Kenyon

Este Chamado é emitido no espírito de sic et non, portanto aqueles que afixarem seus nomes a esta chamada não precisam concordar com todo o seu conteúdo. Em vez disso, seu consenso é que essas são questões a serem discutidas na tradição de semper reformanda enquanto a igreja enfrenta os novos desafios do nosso tempo. Durante um período de sete meses, mais de 300 pessoas participaram via e-mail para escrever o Chamado. Estes homens e mulheres representam uma ampla diversidade étnica e de afiliação denominacional. Os quatro teólogos que mais consistentemente interagiram com o desenvolvimento do Chamado foram nomeados como Editores Teológicos. Ao Conselho de Referência foi dada a tarefa especial de aprovação geral.


Editores Teológicos
2006
  • Hans Boersma, James I. Packer Professor of Theology, Regent College, Vancouver, BC, Canada
  • Howard Snyder, Professor of the History and Theology of Mission, E. Stanley Jones School of World Mission and Evangelism, Asbury Theological Seminary, Orlando, FL
  • Kevin Vanhoozer, Research Professor of Systematic Theology at Trinity Evangelical Divinity School, Deerfield, IL
  • Rev. Dr. D. H. Williams, Professor of Religion in Patristics and Historical Theology, Baylor University, Waco, TX

Conselho de Referência 2006


  • Jamie Arpin-Ricci, Co-director, Youth with a Mission Urban Ministries, Winnipeg, Canada
  • Bruce Ellis Benson, Associate Professor of Philosophy, Wheaton College, Wheaton, IL
  • Ryan K. Bolger, Asst. Professor of Church in Contemporary Culture, Fuller Theological Seminary, CA
  • Alfloyd Butler, Affiliate Professor of African American Religious Studies, Northern Seminary, Lombard, IL
  • Rodney Clapp, Editorial Director, Brazos Press, Grand Rapids, MI
  • Charles H. Cosgrove, Professor of New Testament Studies and Christian Ethics, Northern Seminary, IL
  • David Fitch, Lindner Professor of Evangelical Theology, Northern Seminary, Lombard IL
  • John Franke, Professor of Theology, Biblical Seminary, Hatfield, PA
  • Dinelle Frankland, Assoc. Professor of Worship, Lincoln Christian Seminary, Lincoln, IL
  • Chris Hall, Provost of Eastern University and Dean of the Templeton Honors College, St. Davids, PA
  • Charles Hambrick-Stowe, Dean of the Seminary and Professor of Christian History, Northern Seminary, Lombard, IL
  • Roland G. Kuhl, Executive Director, Institute for Missional Initiatives, Round Lake Beach, IL
  • Bryan M. Litfin, Associate Professor of Theology, Moody Bible Institute, Chicago, IL
  • Danut Manastireanu, Ph.D., Director for Faith & Development, Middle East & Eastern Europe Region of World Vision International, Iasi, Romania
  • Claude Mariottini, Professor of Old Testament, Northern Seminary, Lombard, IL
  • Brian McLaren, author, Laurel, MD
  • Bradley Nassif, Associate Professor of Biblical and Theological Studies, North Park University, Chicago, IL
  • David Neff, Editor and Vice-President, Christianity Today, Carol Stream, IL
  • Dennis Okholm, Professor of Theology, Azusa Pacific University, Azusa, CA
  • Bob Price, Assoc. Professor of Evangelism and Urban Ministry, Northern Seminary, Lombard, IL
  • Michael Quicke, Charles W. Koller Professor of Preaching and Communication, Northern Seminary, Lombard, IL
  • R. R. Reno, Professor of Theology, Creighton University, Omaha, NE
  • Edmund Rybarczyk, Assistant Professor of Systematic Theology, Vanguard University, Costa Mesa, CA
  • Joel Scandrett, Associate Editor Academic & Reference Books, InterVarsity Press, Downers Grove, IL
  • Douglas R. Sharp, Professor of Christian Theology, Northern Seminary, Lombard, IL
  • P.L. Sinitiere, Ph.D. candidate (history), University of Houston, Houston, TX
  • Laura Smit, Dean of Chapel, Calvin College, Grand Rapids, MI
  • James K.A. Smith, Assoc. Professor of Philosophy, Calvin College, Grand Rapids, MI
  • Jennifer Trafton, Managing Editor, Christian History & Biography, Carol Stream, IL

Patrocinadores:
Northern Seminary (www.seminary.edu)
Baker Books (www.bakerbooks.com)
Institute for Worship Studies (www.iwsfla.org)
InterVarsity Press (www.ivpress.com)

“La Llamada” en Español
      
13 de abr. de 2012 | By: @igorpensar

Insolência Histórica

Por Kevin DeYoung 
Fonte: Por que amamos a Igreja de Kevin DeYoung & Ted Kluck. Ed. Mundo Cristão.

C.S. Lewis é famoso por muitas coisas, entre elas por cunhar a expressão "esnobismo cronológico". A frase se refere à tendência extermamente comum entre cristãos de rapidamente descartar o que é antigo e automaticamente abraçar o que é novo. Temos a tendência de pensar que nossos problemas são originais e que nossa situação é singular. Somos modistas e seguimos as tendências -- ignorantes de nossa própria história, odiosamente desdenhosos das práticas de nossos pais e mães espirituais e facilmente enganáveis. [...] Pagan Christianity?*, assim como o restante da literatura restauracionista, está cheio de insolência histórica. É certo que os tradicionalistas têm seu próprio orgulho -- orgulho das tradições, da ordem e de uma dezena de coisas, tenho certeza. Mas é uma fonte extremamente comum de orgulho entre algumas linhas evangélicas pensar que eles serão os primeiros a se libertar de todas as manchas da história e voltar diretamente para o I século. (grifo nosso).

*Livro restauracionista de Frank Viola e George Barna, traduzido para o português com o título de "Cristianismo Pagão?".

___
Kevin DeYoung é pastor senior da Igreja Reformada Universitária, em Michigan.  Bacharel pelo Gordon-Conwell Theologica Seminary é autor de vários livros, entre eles Why We Are Not Emergent. Kevin é casado com Trisha e tem três filhos.  DeYoung mantém um blog indexado ao Gospel Coalition que pode ser acessado aqui: http://thegospelcoalition.org/blogs/kevindeyoung/

10 de abr. de 2012 | By: @igorpensar

Jesus em outras Religiões

Vídeo completo do programa Brasil das Gerais da Rede Minas onde tratamos o tema "Jesus em outras religiões".  Falamos sobre a percepção cristã protestante, na ocasião também participaram representantes do islamismo, do espiritismo e da crença Hare Krishna.
PARTE 1

PARTE 2


PARTE 3
1 de abr. de 2012 | By: @igorpensar

21º Workshop - Educação Cristã


INFORMAÇÕES

O Workshop de Educação Cristã é um evento anual nacional da AECEP que fomenta a visão da Educação por Princípios e apresenta plenárias geralmente com preletores internacionais, seções temáticas de convidados que apresentam e compartilham seus conhecimentos, pensamentos e experiências e workshops de excelência desenvolvidos nas escolas associadas.

Por congregar a maioria dos educadores associados e afiliados este evento possibilita a troca de experiências e a formação de uma rede de contatos entre os participantes de todas as regiões brasileiras.

Veja como foi o 20º Workshop clicando no 


21º WORKSHOP DE EDUCAÇÃO CRISTÃ:

CONSOLIDANDO UMA COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM POR PRINCÍPIOS

Nos 15 anos da AECEP o 21º. Workshop de Educação Escolar Cristã se propõe a celebrar o aniversário da nossa comunidade de aprendizagem* em torno de sua proposta educacional escolar que é a “Educação por Princípios”. Reconhecemos que ao longo desses anos graças ao compromisso e cooperação de seus associados e parceiros temos perseverado e enfrentado o desafio de construir uma proposta educacional alicerçada numa cosmovisão cristã que tem o potencial de transformar e superar as carências da educação das novas gerações.

Abordaremos, através de palestras e workshops, vários aspectos necessários para consolidar uma comunidade de aprendizagem em cada unidade escolar desde o caráter e as competências necessárias ao educador, o desenvolvimento de um aprendiz como protagonista de sua aprendizagem até as dimensões de qualidade que dão sustentabilidade à escola eficaz de EP.

*“Uma comunidade de aprendizagem é uma comunidade humana organizada que constrói um projeto educativo e cultural próprio para educar a si própria, suas crianças, seus jovens e adultos, graças a um esforço endógeno, cooperativo e solidário, baseado em um diagnóstico não apenas de suas carências, mas, sobretudo, de suas forças para superar essas carências”. R.M.Torres

Inscrições para Associados:

Até 30/03/2012 - R$ 275,00

10% de desconto para pagamento à vista - R$ 250,00

2 x R$ 137,50

3 x R$ 91,67

Obs.: Inscrições parceladas em até 3 vezes para inscrições realizadas até 30 de março.

De 31/03 até 30/05/2012 - R$ 302,00 à vista

2 x R$ 151,25 para quem se inscrever até 30 de abril.

Inscrições após 30/05/2012 - R$ 330,00 à vista

Inscrições para Não Associados

Até 30/03/2012 - R$ 396,00 à vista

2 x R$ 198,00

De 31/03 até 30/05/2012 - R$ 434,50 à vista

2 x R$ 217,25

Após 30/05/2012 - R$ 473,00 à vista

ESCOLAS ASSOCIADAS: A CADA DEZ INSCRIÇÕES, 01 É GRATUITA!

O valor da inscrição inclui participação geral do evento, pasta, crachá, certificado, coffee-breack. 

Hospedagem

Para atendermos a todos os perfis de participantes disponibilizamos diferentes opções de hotéis, de diversos preços e categorias. Veja aqui as opções de hotel: http://www.realturviagens.com.br/eventos/eventos_detalhes.asp?id=17

As reservas devem ser feitas através da Real Turismo. Contato: Claudio Soares Tel.: (31) 3243-4634 claudio@realturviagens.com.br

Caravanas

Importantes informações sobre movimentação de ônibus e Vans no centro de São Paulo devem ser adquiridas através do DETRAN SP.

Faça já a sua inscrição!

Mais informações: 31 3227-4648

PROGRAMA 21º. WORKSHOP DE EDUCAÇÃO ESCOLAR CRISTÃ

07/06 5ª. feira

12:30 – Recepção e credenciamento

14:00 – Abertura - Palestra Geral

15:30 – Intervalo e Visitação Stands

16:00 – Sessões Temáticas 

17:30 - Encerramento 

08/06 6ª. feira

8:30 – Abertura Apresentação Cultural

9:00 - Palestra Geral 

10:30 – Intervalo

11:00 – Sessões Temáticas 

12:30 – Almoço

14:00 – Palestra Geral 

15:30 – Intervalo e Visitação Stands

16:00 – Workshops 

17:30 - Encerramento

09/06 Sábado

8:30 – Abertura Apresentação Cultural

9:00 - Palestra Geral 

10:30 – Intervalo

11:00 – Workshops 

12:30 – Encerramento