30 de nov. de 2013 | By: @igorpensar

Estás servido?

Trabalho com crianças, muitas cuja "inocência" foi precocemente violada. Elas são a parte mais frágil, as primeiras vítimas dos efeitos colaterais de uma sociedade baseada na iniquidade e injustiça. Não trabalho com elas por achar que são "anjos", mas porque não consigo não fazê-lo. Cristo ama tais crianças e me afetou por este amor. Cristo se move em favor do vulnerável, por isso, quando me dou conta, estou lá junto com Jesus em missão. Parafraseando Agostinho, nenhum amor autêntico é possível fora do amor Cristo. Eu não amarei uma criança ou um adolescente vulnerável adequadamente, exceto se eu estiver "doente" de amores por Cristo, e se Cristo mesmo amá-las por mim. O melhor que posso oferecer é não oferecer nada que de mim procede, mas entregar-se à oferta de Cristo, à presença dele que se faz por faces humanas, em "vasos de barro", como somos. Não poucas vezes, a vulnerabilidade da criança remete a minha própria vulnerabilidade e fraqueza. Servi-las em alguma medida é me ver servido por Cristo. No final de uma aula, não foram só elas que foram humanizadas, eu mesmo me humanizei, logo, a diferença entre assistencialismo e serviço cristão é que no primeiro sempre achamos que estamos dando; no segundo é sempre Cristo que se dá a todos, tanto ao que serve como àquele que é servido.

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Igor Miguel
29 de nov. de 2013 | By: @igorpensar

Congresso Missão Integral na IBL

Divulgando um evento cujo tema é inédito na Igreja Batista da Lagoinha.  Eu (Igreja Esperança/OMCV), Guilherme de Carvalho (Igreja Esperança/L'Abri), Rodolfo Amorim (L'Abri), Antônio Costa (ONG Rio de Paz), Tiago Guedes (Seminário Inconformados), Vinícius Zulato (Cristo Vivo/Mocidade IBL) e outros, fazendo uma mistura, pensando sobre a Grande Comissão.


28 de nov. de 2013 | By: @igorpensar

Por Cristianismo Público [áudio]

Tema que ministramos no Ciclo de Palestra do L'Abri sobre Política & Fé Cristã.  Neste caso, tratamos sobre o direito, a obrigação e as implicações de um Cristianismo Público  Para baixar o arquivo clique aqui.
27 de nov. de 2013 | By: @igorpensar

Eles Amaram Demais

Hoje, em um momento completamente ordinário, passando por entre livros em um seção de livros sobre "religiões", em uma determinada livraria, fui tomado pelo desejo de "passar os olhos" em "Confissões" de Agostinho de Hipona. Obra que nunca li dignamente, ao mesmo tempo, obra que não me é completamente estranha. Mas, fui assaltado com palavras que me queimaram por dentro.

Deparei-me com os suspiros do mestre africano, inflamado de desejos pelo Deus Trino. Percebi que os grandes mestres do cristianismo são grandes, não por causa de um academicismo árido, mas porque simplesmente foram assaltados pelo amor. Eles se derretiam diante do Eterno. Tais homens não negavam o desejo, simplesmente desejavam demais, eram amantes de mais. Eles sempre souberam que mulheres, poder, riqueza e glória eram finitos demais para saciá-los. No final, cristãos assim são amantes, tomados de excitação quase no tom dos salmos que dizem que a "alma suspira", "os ossos se despedaçam" e os "rins louvam". Eles não amavam analiticamente, amavam visceralmente, como vulcões com lavas afogueadas de veneração. Os afetos foram feridos por este amor. Daí, descobri uma coisa incrível: precisamos desejar mais, desejar ao ponto de sermos tomados pelo prazer de fazer a vontade de Deus. Não como uma afeição estranha, mas que nossos impulsos e hábitos sejam saturados de tal forma pelo amor de Deus que não tenhamos outro desejo.

Que sejamos tomados de amor pelo Criador a ponto de dizer como Cristo: "que não seja o que eu quero, mas o que tu queres." Amor que sacrifica a vontade própria, porque a vontade própria é desejo menor. Sim, descobri que boa teologia e boa espiritualidade acontecem quando se ama, quando se ama radicalmente o Único que pode satisfazer suficientemente tal amor.

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Igor Miguel
14 de nov. de 2013 | By: @igorpensar

Camaro Amarelo ou Eternidade?

Se você não percebeu, a psicologia do marketing já.  Seres humanos sentem falta do que nunca tiveram.  Sentem falta de um paraíso perdido.  E valendo-se deste anseio paradisíaco, as agências propagam  bens de consumo, coisas como cervejas douradas, carros que transformam mulheres em divindades e homens em deuses, roupas que parecem trajes sacerdotais, cremes que eternizam, shampoos que produzem cabelos angelicais e tecnologias que dão uma sensação de onipresença e onisciência.  O marketing já percebeu que o ser humano possui uma radical inclinação religiosa e usa tal pulsão para favorecer seus interesses comerciais. A única forma de se libertar das ilusões produzidas por esta "pedagogia do desejo" é reconhecer que seres humanos são seres litúrgicos, criados para a veneração.  Por esta razão, são tão inclinados e seduzidos por esses "falsos deuses", ídolos fabricados diariamente pela cultura de consumo.  Por outro lado, isto mostra a profunda natureza religiosa da humanidade.  Natureza que encontra plenitude naquele que sinaliza o eterno por seu triunfo sobre a morte, e não no ridículo projeto de vida que se reduz a um mero "Camaro Amarelo".

Igor Miguel
10 de nov. de 2013 | By: @igorpensar

O Mito da Inquisição Espanhola

Eu sempre desconfiei dos exageros historiográficos a respeito da inquisição. Seria minimamente plausível considerar os dados deste documentário realizado pela BBC de Londres, que trata sobre a possibilidade de realmente a inquisição espanhola ter sido construída, em grande parte, por mitos oriundos de movimentos que desejavam macular a imagem do cristianismo no ocidente.  Principalmente "modernistas", que precisavam descredibilizar o cristianismo, para que seu projeto civilizatório lograsse êxito.  Há a participação de renomados historiadores como Henry Kamen que escreveu "The Spanish Inquisition: a historical revision".  Então, antes de acreditar em tudo que andam dizendo a respeito das "atrocidades da inquisição cristã", pense um pouquinho, leia mais, e se informe.  Tem até museus aqui no Brasil que colocam reproduções dos quadros do artista espanhol Francisco de Goya, como se fossem fotografias, e se esquecem de lembrar que ele viveu no século XVIII e a inquisição espanhola no século XV, quase 300 anos depois.

6 de nov. de 2013 | By: @igorpensar

Justiça e Direitos #IgrejaNaRua

Como seria uma concepção cristã sobre o poder e a função do Estado?  Quais são os limites desta esfera de poder?  Até que ponto, ele pode intervir na vida privada?  Entrada franca!