2 de out. de 2015 | By: @igorpensar

Criar: evento da vontade divina

Deus é Pai independente de um mundo criado ou não. A paternidade divina é o que ele é, pois funda-se evidentemente em uma relação dentro da eterna e tríplice pessoalidade de seu amor. Jesus é chamado de Unigênito, por João, por ter sido gerado neste amor antes de haver mundo. Por isso, o cristianismo insiste: "gerado, não criado". Entretanto, a expressão "Criador", que se segue a afirmação de sua paternidade, refere-se a um "evento" a partir de sua natureza. O Deus que não precisava ser Criador para ser Deus, decidiu sê-lo, assim sendo, o mundo como o conhecemos é fruto do arbítrio divino, é resultado de um querer de Deus como Pai.

Deus não precisa de gente para ser Deus, mas como Deus, ele tem vontade, uma que reflita seu amor. Sua vontade amorosa criou um mundo e criou gente. Mais uma vez, devemos reconhecer as implicações profundas da Trindade: tudo é uma dádiva, um dom imerecido, a criação e a existência humana fundam-se no querer divino. Querer dispensável à sua própria natureza que se auto basta, porém, definitivamente reflete sua paternidade e amor. "Seja feita a sua vontade, assim na terra como no céu..."

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