16 de jun. de 2010 | By: @igorpensar

Judeus apóio! Judeus crentes...

Por Igor Miguel

Postei por aqui as pretensões do movimento sionista-judaico seria impossível sem o apoio cultural-religioso do sionismo cristão (o apoio cristão ao direito dos judeus a terra de Israel). Este sionismo cristão, como expomos, tem raízes no israelismo anglo-saxão, que por sua vez deriva da interpretação bíblica literalista do calvinismo e seus desdobramentos na Inglaterra.

Aqui no Brasil, o "sionismo cristão" se traduz no apoio espiritualizante e as vezes "exotista", claramente percebido pelas viagens em massa para Israel. Que deve ser reconhecido como uma proeza, que trouxe muitos benefícios para Israel, ao ponto de se ter voos diretos para Tel-Aviv procedentes de São Paulo.

Daniel Juster em seu site já demonstrou que as vezes o "sionismo cristão" envolve algum tipo de "vista grossa" a respeito de judeus que reconhecem Jesus como Messias em Israel, por questões políticas.

Como existe um pressão religiosa muito forte na política israelense. Muitas vezes a percepção política israelense é de oposição aos denominados judeus-messiânicos (judeus que percebem Jesus como Messias) em Israel. Diversas instituições cristãs de apoio a Israel, cujos nomes me reservo mencionar, possuem edificações em Israel e por isso são omissas em relação a estes irmãos judeus. Em outras palavras, para terem privilégios políticos em Israel, estas instituições ignoram completamente estes judeus-crentes.

O pior é que estas instituições mediam viagens turísticas a Israel sob contrato em background que impede qualquer contato de seus turistas com judeus que creem em Jesus, que nos termos preconceituosos destes tratados políticos, referem-se a estes como "missionários" (terminologia carregada de sentido negativo no contexto judaico-israelense).

Aqui no Brasil, existem grandes denominações evangélicas, que fazem viagens a Israel por meio destas instituições e quando cristãos brasileiros chegam em Israel, mesmo que queiram, são completamente desinformados a respeito da presença, por exemplo, de mais de 70 congregações de judeus-messiânicos só em Jerusalém.

Neste sentido, uma agenda equilibradamente "cristã-sionista" deveria abranger prioritariamente o apoio a estes crentes. Naturalmente, isto será interpretado, como já é, como uma agenda missionária oculta. Porém, acima de qualquer interpretação israelense do fato, sabe-se que qualquer cristão deve ter compromisso prioritário com os irmãos na fé, quanto mais estes judeus que lutam por sustentar a compatibilidade de sua fé em Jesus com sua identidade judaico-israelense e o direito mínimo de serem cidadão israelenses. Direito, que vem sendo garantido graças a iniciativas do próprio movimento, o apoio de alguns seguimentos cristãos conscientes e de judeus-seculares.

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